quinta-feira, 27 de abril de 2017

Atividade Prática em Laboratório

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No detalhe da imagem em alta resolução, podemos perceber um par de fungos em brotamento, circulados abaixo.
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Também efetuamos uma análise macroscópica de alguns cogumelos. Aqui podemos vê-los melhor:
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Já que, evidentemente, não podemos mostrar o solo abaixo desses fungos antes de serem colhidos, lançaremos mão de um desenho da Universidade de Évora, em Portugal, para mostrar o micélio - que é formado por hifas (unidade estrutural vegetativa com aparência filamentosa, podendo ser ou não dividida por cortes transversais) e frequentemente ocupa mais espaço que o próprio cogumelo (nome exclusivamente dado ao corpo de frutificação com esse fenótipo específico) - e o anel e a volva, que nada mais são do que restos de um “véu” que o fungo tem em seu estado jovem e que se rompe com o crescimento.
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Por fim, observamos um fragmento de um líquen no microscópio. Veja nas imagens! (na primeira foto em particular, podemos ver as hifas, de aspecto filamentoso)


Mais alguns fungos observados em laboratório

LÍQUENS

1. Líquens são a união entre uma alga ou cianobactéria e um fungo. Estas primeiras realizam fotossíntese; portanto, alimentam a união; já os fungos mantém a umidade do ambiente e são responsáveis pela reprodução.
2. Os líquens, assim como os musgos e as cianobactérias, preparam o terreno para outros animais e plantas. Também são ótimos indicadores biológicos, e podem ser usados na indústria de cosméticos e com fins antibióticos e antitumorais. Por fim, podem ajudar na determinação da idade de substratos, no monitoramento do aquecimento global e no biomonitoramento da qualidade do ar.
3. Alguns líquens presentes em Porto Alegre são:
Teloschistes exilis (fruticoso)
Cladonia sp. (dimórfico)
Coenogonium sp. (filamentoso)
Pseudocyphellaria aurata (folioso)
Phyrrhospora haematites (crostoso)
Phyllopsora breviuscula (esquamuloso)

Resumo de Vírus

HISTÓRIA

No século XIX, já se sabia que diversas doenças transmissíveis eram provocadas por bactérias, microrganismos que podiam ser observados ao microscópio de luz, porém o vírus não era do conhecimento dos cientistas ainda. O processo que levou à descoberta dos vírus começou em 1892, quando o botânico russo D. IWANOWSKI concluiu que o agente causador do mosaico do tabaco atravessava filtros que retinham todas as bactérias conhecidas e suspeitou da existência de microrganismos bem menores. Por causa disso, os vírus só puderam ser vistos a partir da primeira metade do século XX, com o advento do microscópio eletrônico.



Após esse estudioso, vieram muitos cientistas que comprovaram suas afirmações e fizeram novas descobertas, o que, cada vez mais aproximava a ciência dos vírus. Em 1898, o engenheiro químico MARTINUS BEIJERINK repetiu as experiências de Ivanovski, porém foi muito além. Ele viu que o poder infeccioso encontrado nas folhas de tabaco não se tratava de uma bactéria, mas, sim de um princípio ao mesmo tempo “vivo”, já que se reproduzia, e “fluido”, pois atravessava os poros da vela. Ele os chamou de Contagium vivum fluidum. O “vírus” do tabaco foi o primeiro a ser identificado.


CARACTERÍSTICAS GERAIS

Diferentemente de todos os organismos, os vírus não apresentam estrutura celular; não realizam atividade metabólica quando fora de uma célula hospedeira, dependendo desta para sintetizar suas moléculas e se multiplicar (imagem abaixo, vírus do resfriado comum em amarelo). Por isso são considerados PARASITAS UNICELULARES OBRIGATÓRIOS.


As características citadas acima deixam dúvidas à comunidade científica quanto à natureza dos vírus, o que os exclui de qualquer reino dos seres vivos.
Como esses microrganismos dependem do metabolismo de um hospedeiro para se multiplicar, a explicação mais aceita entre os pesquisadores de sua origem sugere que os vírus se desenvolveram de pedaços de DNA de seus próprios hospedeiros. Ou que teriam evoluído de seres extremamente reduzidos ou de moléculas primitivas (quando surgiram as primeiras células).


A ESTRUTURA DOS VÍRUS

O genoma dos vírus é constituído por pequena quantidade de um tipo de ácido nucléico (DNA ou RNA), cuja fita pode ser única ou dupla. O genoma está protegido por uma capa proteica, denominada CAPSÍDEO, formada pela união de subunidades proteicas menores (figura A). Em alguns vírus, como HIV, que causa a AIDS, ou o vírus causador da gripe, há um segundo envoltório membranoso lipoproteico ao redor do capsídeo, denominado ENVELOPE LIPOPROTEICO (figura B).

Os vírus podem ser encontrados em dois estados distintos:
  • ·         METABOLICAMENTE INATIVO, denominado VÍRION: trata-se de um conjunto completo de genoma e capsídeo. As características estruturais do vírion são muito variadas, com diversos tipos morfológicos classificados em famílias virais.
  • ·         NA FORMA INFECTANTE DO VÍRUS: o processo de infecção ocorre devido à interação altamente específica entre as proteínas do vírus e as da superfície celular, que atuam como receptores, permitindo a aderência do vírus à célula a ser infectada.




MULTIPLICAÇÃO VIRAL
A multiplicação viral depende de dois fatores:
  1. Invasão da célula hospedeira
  2. E domínio de seu metabolismo


O processo de multiplicação varia de acordo com a espécie viral. Alguns vírus podem entrar completos na célula (com o capsídeo). Outros podem introduzir apenas o genoma no citoplasma da célula infectada. Os vírus com envelope, como o HIV, podem fundir o envelope à membrana da célula e liberar o capsídeo no citoplasma. O ácido nucleico é o responsável pela formação de novos vírions, com a formação do genoma viral e do capsídeo. A partir de uma única célula infectada, um vírus pode originar centenas de novas partículas virais.

Multiplicação de um bacteriófago
Um bacteriófago (imagem abaixo), ou simplesmente fago, é o nome dado aos vírus que só infectam seres procarióticos.
Sua multiplicação se dá através do:

·         CICLO LISOGÊNICO: o vírus perfura a membrana da bactéria e injeta nela o seu material genético, que se integra ao cromossomo bacteriano. Em seguida, o genoma viral pode permanecer latente na bactéria por longos períodos, integrado ao cromossomo bacteriano, mas sem alterar o metabolismo da célula. Quando esta em processo de divisão, seu material genético, com o genoma do vírus, se duplica e é dividido entre as células-filhas. Assim, cada célula infectada começa um ciclo de transmissão do vírus a cada reprodução e toda a sua descendência estará infectada.
Veja, na imagem abaixo, como um vírus invade uma célula.

·         CICLO LÍTICO: pode acontecer também de o genoma viral se separar do genoma bacteriano e multiplicar-se, causando lise celular (ruptura da membrana), com a liberação de novos bacteriófagos (em forma de vírion). Os novos vírus liberados podem levar pedaços do cromossomo da bactéria para outra bactéria. Caso esta sobreviva à infecção viral, poderá recombinar seu material genético com o fragmento de DNA bacteriano trazido pelo vírus, o que, muitas vezes, causa a resistência da bactéria a antibióticos.

Abaixo temos uma imagem que explica, de forma mais clara, esses dois ciclos. Para que possa compreender, você deve analisa-la com muita atenção, ligando os desenhos às descrições acima

IMPORTÂNCIA AMBIENTAL DOS VÍRUS
Os vírus sofrem muitas mutações e, por isso, apresentam grande variabilidade genética, o que contribui para uma rápida adaptação às novidades ambientais. Pesquisas recentes mostram que os vírus são abundantes em ambientes aquáticos, onde influenciam o crescimento e a mortalidade de outros organismos. A morte dos organismos infectados, no ambiente aquático, disponibiliza nitrogênio, carbono e outros nutrientes para o ambiente. Portanto, os vírus têm um impacto significativo nos ciclos de nutrientes dos ambientes aquáticos.
Além disso, há evidências de que os vírus, desde o surgimento da vida na Terra, são um importante fator de seleção natural. É importante lembrar ainda que os vírus podem ser utilizados como instrumento terapêutico. Eles desempenham papel central na técnica denominada terapia gênica (explicado abaixo), utilizada no tratamento de determinadas doenças humanas, como as enfermidade genéticas (doenças em que o organismo apresenta alguma falha no material genético que impede seu bom funcionamento) e certos tipos de câncer.
“Por terapia gênica se entende a transferência de material genético com o propósito de prevenir ou curar uma enfermidade qualquer. No caso de enfermidades genéticas, nas quais um gene está defeituoso ou ausente, a terapia gênica consiste em transferir a versão funcional do gene para o organismo portador da doença, de modo a reparar o defeito.”

CARÁTER PATOGÊNICO DO VÍRUS                           

Infecção é a invasão e proliferação de um microrganismo patogênico no interior de um ser vivo, denominado de hospedeiro, porém, este nem sempre sofre danos. O resultado de uma infecção depende da virulência do agente patogênico e do estado físico do hospedeiro.
Em infecções virais pode haver um período de incubação, isto é, um intervalo entre a infecção e o aparecimento de sintomas. Em alguns casos, a célula hospedeira sofre lise, com a liberação de novos vírions; em outro, a célula não é destruída, mas modificada: o genoma viral une-se ao da célula, que passa a se reproduzir desordenadamente, gerando um tumor. É o que acontece na infecção por oncovírus, vírus causadores de câncer.
A grande variabilidade genética dos vírus dificulta a produção de vacinas e de medicamentos para combatê-los. Apesar de haver várias pesquisas em virologia, há poucas drogas virais.


OS VÍRUS ESTÃO PRESENTES EM NOSSO DIA A DIA

Para completar nossos estudos sobre os vírus, falaremos sobre alguns vírus que causam doenças muito conhecidas e também muito comentadas em nosso cotidiano.

HPV
Há alguns anos, surgiram na televisão e pelas cidades anúncios (vejam imagem abaixo) de uma vacina que seria realizada gratuitamente para meninas de uma determinada idade. HPV é uma sigla para Human papilomavirus, vírus que vive na pele e nas mucosas dos seres humanos, tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis. Os HPVs possuem predileção por tecidos de revestimento (pele e mucosas) e provocam na região infectada alterações localizadas que resultam no aparecimento de lesões decorrentes do crescimento celular (células) irregular. Estas lesões são denominadas verrugas ou popularmente conhecidas como “crista de galo”. Esse vírus é transmitido por meio de relação sexual (DST), sendo o sexo desprotegido a principal causa de transmissão, e também de mãe para filho no momento do parto. O vírus também pode causar o câncer de colo de útero, que é uma das maiores causas de morte das mulheres brasileiras.
Para evitar isso, o governo passou a disponibilizar a vacina para meninas. E, há pouco tempo, também passou a disponibilizar para meninos.



OS VÍRUS QUE VÊM DOS MOSQUITOS E ASSUSTAM UM PAÍS INTEIRO

            Dengue, Zika, Chikungunya. Ouvimos muito esses três nomes aqui no Brasil, ainda mais nos últimos tempos, não é mesmo?  Mas vocês, caros leitores, realmente sabem algo sobre essas doenças?
            Bom, a resposta dessa pergunta pode até ser sim, mas, mesmo assim, vamos dar uma explicação bem completa desde transmissão até os sintomas destes tão falados vírus.
            O transmissor dessas três doenças é um tal de Aedes aegypti (foto ao lado). Ele é originário do Egito e sua dispersão pelo mundo ocorreu da África: primeiro da costa leste do continente para as Américas, depois da costa oeste para a Ásia. Os mosquitos fêmea sugam sangue para produzir ovos. Se o mosquito da dengue estiver infectado, poderá transmitir o vírus da dengue, zika ou chikungunya neste processo.
A dengue é causada por quatro tipos de arbovírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti (imagem abaixo), que adquire o vírus ao picar uma pessoa contaminada. Na forma clássica, que raramente mata, os sintomas são febre, dores de cabeça, musculares e nas articulações, manchas avermelhadas na pele e fadiga. Na forma hemorrágica, que é mais severa e pode levar à morte, além dos sintomas já citados, ocorrem sangramentos, queda de pressão e dores abdominais.




 O Zika Vírus também é transmitido por esse nosso amigo aqui acima, o Aedes Aegypti. Ele também pode ser transmitido de mãe para filho durante a gestação e isso pode causar um defeito congênito chamado microcefalia e outros defeitos cerebrais graves no feto, o que ainda não foi 100% comprovado cientificamente. Muitos estudos estão sendo feitos sobre o assunto, ainda mais após os surtos de microcefalia ocorrido em 2016.  Quando infectada, a pessoa pode apresentar, por algumas semanas os seguintes sintomas: febre, erupção cutânea, dor de cabeça, dor articular, conjuntivite e dor muscular.


Chikungunya é uma doença viral também transmitida por mosquitos infectados. O nome, que pode causar muitos problemas na hora de se escrever — problema enfrentado, inclusive, pelas autoras desse blog — deriva de uma palavra da língua Kimakonde, significando “tornar-se contorcido” e descrevendo o estado dos pacientes com dores nas articulações (artralgia). Os sintomas comuns da doença incluem: febre, dores de cabeça, dores nas articulações e nos músculos, náusea, fadiga e assaduras.
            Ainda não existem vacinas para previnir nenhuma dessas doenças, logo, podemos tomar medidas para que o mosquito Aedes aegypti não se reproduza, evitando que água se acumule em recipientes como vasos de plantas, pneus, piscinas e muitos outros.
Não há vacina. A prevenção é o combate ao mosquito, que se reproduz rapidamente em águas limpas e paradas. Deve-se evitar o acúmulo de água em recipiente ou em depressões no chão e deixar as caixas d’água bem fechadas.




FEBRE AMARELA
O primeiro vírus patogênico para o homem foi identificado em Cuba, entre 1900 e 1902, por uma missão americana dirigida pelo major Walter Reed. Tratava-se da febre amarela. Tendo ido a Havana para investigar uma doença que ameaçava o sul dos Estados Unidos, o major compreendeu que a doença não se devia ao “contágio”.  Ele e seus colaboradores perceberam que o vírus era transmitido do indivíduo doente ao sadio, pela picada de um mosquito.
Atualmente sabemos muito mais do que o major sobre a doença. Ela é causada por um vírus da família Flaviridae. Em áreas silvestres, o vírus é transmitido principalmente pelo mosquito Haemagogus sp., e nas cidades, pelo mosquito da dengue citado acima. Na maioria das vezes, não há manifestação de sintomas. Quando ocorrem, surgem febre alta, dor de cabeça, fotofobia, dores musculares, cansaço extremo e calafrios. Em poucas horas, podem surgir náuseas, vômitos e diarreia. O doente deve ser internado. Após três ou quatro dias, a pessoa melhora, mas se os sintomas se agravam, são necessárias outras medidas, pois pode levar à morte. Existe vacina, que deve ser aplicada em pessoas que pretendem visitar lugares onde ocorre a doença. Atualmente (2017) há um surto da doença no Brasil, principalmente no estado de Minas Gerais.



AIDS
Sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é causada por um retrovírus*, o HIV, que infecta células sanguíneas de defesa do organismo, expondo-o à infecção por outros invasores. Depois de um período de incubação inicial de duas a seis semanas de incubação do vírus, aparecem sintomas: febre constante, manchas na pele, calafrios, gânglios inchados, dores de cabeça, de garganta e musculares. Esse vírus não é transmitido por aperto de mão, beijo, suor, uso de banheiro público ou picada de inseto. Não há vacina. A prevenção é feita através do uso de preservativo nas relações sexuais. A gestante pode transmitir HIV para o filho durante a gestação, parto e a amamentação. Por isso, toda grávida precisa fazer o teste de HIV, caso dê positivo, iniciar o tratamento o quanto antes, o que pode impedir a contaminação do feto.
Abaixo vemos uma representação em desenho do vírus da AIDS.
*Retrovírus: apresentam RNA, se caracterizam por produzirem DNA complementar ao seu RNA na célula hospedeira, utilizando a enzima transcriptase reversa. O material genético viral incorpora-se ao DNA da própria célula, deixando de destruí-lo.


GRIPE OU INFLUENZA

Dessas doenças especificadas nesse texto, a gripe é a mais comum delas.Em todo o inverno — pelo menos no Sul do país — ouvimos, nas escolas, dos professores reclamações como “Abram essa janela, porque se ficarmos todos respirando esse ar, pegaremos gripe”. Com os ambientes fechados, sem a entrada de ar, os vírus da gripe, expelido por nosso espirro e tosse, se espalha, infectando as outras pessoas no ambiente. Apesar de não ser tão divulgada pela mídia e comentada — e consequentemente, possíveis temas do ENEM, provavelmente uma das maiores preocupações dos estudantes que procuram nosso blog — quanto as doenças anteriores, a gripe está tão presente na nossa realidade que não podemos deixar de citá-la.
Causado pelo vírus influenza, mais contagioso do que os rinovírus. Os sintomas, semelhantes aos do resfriado, mas mais intensos e duradouros, são: febre alta, calafrios, tosse seca e prostração (fraqueza). O tratamento é semelhante ao do resfriado, porém, pode haver complicações respiratórias, como a pneumonia, que costumam ser mais graves em idosos, crianças ou pessoas debilitadas. O contágio e a prevenção também são semelhantes aos do resfriado. Existe vacina, mas como os vírus sofrem mutações constante, uma nova vacina é produzida a cada ano.

RESFRIADO COMUM

Assim como a influenza, o resfriado comum aparece muito frequentemente em nosso dia a dia. Ele é causado por diferentes tipos de rinovírus, que provocam a inflamação das vias aéreas respiratórias superiores. Não há vacina, e os medicamentos apenas minimizam os sintomas, como tosse, coriza (rinite aguda) e indisposição. O tratamento inclui repouso, alimentação saudável e ingestão de líquidos. A transmissão ocorre por gotículas de saliva eliminadas por tosse, espirros ou fala. Devem-se evitar ambientes poucos ventilados ou com grande número de pessoas.


COMO DIFERENCIAR AS DOENÇAS VIRAIS?

Muitas vezes identificamos as doenças que nos atingem de forma equivocada, logo, nós do Blog Cientista, preocupadas com a saúde de todos os nossos leitores, trazemos um quadro explicativo. Observe:




 VACINAS


     A partir de 1962 passaram a ser utilizados no homem os primeiros antivirais. O primeiro teste foi feito no tratamento de infecções hepáticas, o segundo contra a varíola e os acidentes com a vacina. A partir daí, foram realizadas muitas pesquisas que descobriram muitos antivirais por conta da recombinação do DNA. Até hoje são feitas pesquisas para encontrar novas vacinas para prevenir doenças que ameaçam a humanidade, por exemplo, para dengue e zika.
EXERCÍCIOS
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1. Epidemiologia é o ramo da medicina que estuda os diferentes fatores que intervêm na difusão e propagação de doenças, sua frequência, seu modo de distribuição, sua evolução e a colocação dos meios necessários a sua prevenção.
Infecção é uma enfermidade causada pela presença e desenvolvimento no interior do organismo de uma ou mais variedades de agentes vivos patogênicos (bactérias e vírus).
Virologia é o ramo da microbiologia que se dedica ao estudo dos vírus.
Vetor é todo ser vivo capaz de transmitir de forma ativa (estando infectado) ou passiva um agente infeccioso (parasita, bactéria ou vírus).
2a. Em 1989.
2b. Desenvolvimento e disseminação de uma vacina contra a poliomielite.
2c. Embora no Brasil tenha ocorrido a erradicação da poliomielite, em outros países ainda há casos confirmados. Então, ações de prevenção e controle devem ser mantidas.
3. As características dos vírus os colocam em um limite entre matéria viva e não-viva, o que gera fortes debates sobre sua natureza dentro da comunidade científica. Já que não possuem estrutura de célula, não realizam atividade metabólica independente (fora de um hospedeiro) e dependem deste para sintetizar moléculas e se multiplicar, são considerados parasitas (por utilizarem o metabolismo da célula para sua própria manutenção) intracelulares (por assumirem forma ativa apenas dentro do citoplasma do hospedeiro) obrigatórios (por precisarem necessariamente dessas condições para agirem).
4a. Infecção é causada por um agente patógeno que invade e se prolifera dentro de um hospedeiro, causando danos ao mesmo. Doença é uma afecção que atinge parte do corpo; enfermidade; estado de saúde de um ser, manifestado por cum conjunto de sintomas.
4b. Isso ocorre porque são causadas por agentes patológicos, e podem ser transmitidas com facilidade pelos vetores. Nem toda doença infecciosa é contagiosa, mas toda doença contagiosa é infecciosa.
5. A transmissão de um vírus pode ocorrer de várias formas. De pessoa a pessoa, pode ocorrer desde por meio de contato físico comum, troca de fluidos como saliva e sangue ou por meio de relações sexuais com alguém infectado pelo vírus. Pode ocorrer por meio de algum agente abiótico, como por exemplo o consumo de água ou algum alimento que esteja infectado com o vírus. Nesse caso, o contato está diretamente introduzindo o vírus dentro do organismo. Vetores, como mosquitos também são uma forma de transmissão de vírus. Um mosquito pode passar a carregar um vírus ao picar uma pessoa infectada, e ao picar outra pessoa qualquer, acaba transmitido o vírus a ela.
6. No ciclo lisogênico, o vírus injeta o material genético na membrana plasmática da bactéria. Esse material genético se integra ao cromossomo bacteriano - sem alterar o metabolismo da célula - e, quando ocorre a divisão celular, o genoma do vírus também é separado e multiplicado. No ciclo lítico, o genoma viral e bacteriano separa-se e multiplica-se, causando a ruptura da membrana. Os vírus levam pedaços de cromossomos de bactéria a bactéria (como pode ser visto na imagem da página 28).
7. O vírus HIV pode ser transmitido por meio de relações sexuais, da gestante para o filho e por meio de uma seringa não esterilizada, por exemplo. Para prevenir, é importante o uso de preservativos durante as relações sexuais, é importante fazer o teste de HIV para saber se possui o vírus e ter certeza de que agulhas e seringas estejam estetilizadas. O vírus não pode ser transmitido pelo toque ou ar e nem por picada de mosquitos ou outros insetos.
8. O príon é uma partícula subviral; sua composição é uma forma modificada de proteína e não possuem ácidos nucleicos (DNA ou RNA). Infectam animais no geral. Já o bacteriófago possui ácidos nucleicos e contamina organismos procariontes. No entanto, ambos precisam de um hospedeiro para se proliferar e reproduzir.
9. Não é possível que os vírus tenham surgido antes das primeiras células que se desenvolveram na Terra primitiva. Dada a sua natureza de parasita, os vírus acabariam sendo extintos se tivessem vindo antes das células, já que não teriam como se reproduzir.
10a. À alta capacidade mutação do vírus. Já que eles sofrem mutações com frequência, vacinas para as novas variedade acabam por se fazer necessárias.
10b. Renovar a vacina anualmente, lavar as mãos antes de comer e usar máscaras de proteção em caso de epidemia.
EXERCÍCIOS

RESPOSTA:
As plantas são organismos fotossintetizantes, ou seja, são autótrofos e apresentam clorofila, enquanto os fungos são heterótrofos e não possuem clorofila. Outro aspecto que diferencia os fungos das plantas é a presença de quitina (característica animal) em sua parede celular. 


RESPOSTA:
            Sim, porque possui quitina (característica animal) e parede celular (característica vegetal).


RESPOSTA:
a)      Saprófaga, alimentação de matéria orgânica em decomposição. Extracelular e extracorpórea.
   b)    Esse modo de nutrição, que utiliza a matéria orgânica em decomposição, ajuda a reciclar a matéria da natureza, o que é fundamental para a manutenção da vida na Terra.
c)      Zigomicetos
d)      De forma geral, os fungos realizam absorção extracelular extracorpórea.



RESPOSTA:
Observe a seguinte tabela:



RESPOSTA:
a)      A — quitridiomicetos
B — zigomicetos
C — ascomicetos
D — basidiomicetos
b)      Esses fungos se caracterizam por viverem principalmente em ambientes aquáticos, pois possuem flagelos que ajudam na locomoção.
c)      Ocorre no período de reprodução, quando se formam as hifas dicarióticas. C e D.


RESPOSTA:
a)      Fotossintetizantes
b)      Predador.



RESPOSTA:
            A estrutura da parede celular dos fungos apresenta quitina, diferenciando-a da parede celular das plantas.


RESPOSTA:
            A massa do pão cresce por conta da liberação de gás carbônico gerado pelo processo de fermentação.

Resumo de Proctistas

Esse grupo, por conter seres muito diversos, é considerado polifilético - ou seja, os protoctistas não possuem um ancestral comum. Ele reúne organismos como protozoários e algas, com diferentes formas de locomoção, reprodução e nutrição. Ao longo desse post, você vai conhecer as principais características desses seres e a importância que eles têm.

PROTOZOÁRIOS
Do grego protos, “primeiro”, e zoon, “animal”, os protozoários são seres unicelulares, com células eucarióticas e estrutura bastante variada.


®     MORFOLOGIA
As células dos protozoários não possuem parede celular e podem apresentar diversos formatos.
Em condições desfavoráveis, algumas espécies patogênicas produzem cistos, forma em que o protozoário pode permanecer latente por longos períodos. Quando as condições voltam a ser favoráveis, o protozoário volta à sua forma ativa, chamada trofozoíto.


®     LOCOMOÇÃO
Para locomover-se, os protozoários utilizam uma ou mais das seguintes estruturas especializadas:
§  Pseudópodes = expansões temporárias do citoplasma que ajudam na locomoção e também na captura de alimentos.
§  Flagelos = filamentosos e longos, provocam movimentos ondulatórios que permitem à célula deslocar-se.
§  Cílios = têm a mesma estrutura dos flagelos, porém são menores e presentes em maior número, movimentando-se em conjunto e criando um turbilhonamento que favorece a locomoção e a captura de alimentos.



®     OBTENÇÃO DE MATÉRIA E ENERGIA
A maioria dos protozoários é heterótrofa, isto é, retiram matéria orgânica do meio ambiente. Poucas espécies autótrofas realizam fotossíntese, e há ainda protozoários mixotróficos (são capazes de se alimentar utilizando mais de uma dessas formas). Eles podem ser aeróbios, vivendo na presença de oxigênio, ou anaeróbios, vivendo em locais com pouco ou nenhum gás oxigênio.

®     REPRODUÇÃO



®     CLASSIFICAÇÃO
Os avanços científicos estão sempre a fornecer novas informações sobre o parentesco evolutivo entre os protozoários, gerando a necessidade de rever sua classificação. Porém, ainda não há um consenso a respeito dos grupos monofiléticos a serem formados, portanto a classificação que vamos mostrar aqui considera principalmente a presença e a forma das estruturas de locomoção.

§  Os rizópodos ou sarcodinos locomovem-se através de pseudópodes. A maioria é de vida livre e vive em ambiente aquático, mas há espécies parasitas. De modo geral, reproduzem-se por cissiparidade ou singamia.

§  Os flagelados caracterizam-se por apresentar um ou mais flagelos, utilizados na locomoção. A maioria é de vida livre, vivendo em água doce, salgada ou em solos úmidos. Há algumas espécies parasitas. De modo geral, reproduzem-se por cissiparidade ou singamia.

§  Os ciliados caracterizam-se pela presença de cílios na superfície celular e pela ocorrência de conjugação antes da reprodução por cissiparidade. A maioria é de vida livre e de água doce.

§  Os foraminíferos secretam uma carapaça com inúmeros poros, através dos quais passam os pseudópodes. Caracterizam-se também pela alternância de gerações sexuada e assexuada. São exclusivamente marinhos e a maioria é de vida livre.

§  Os apicomplexos são os protozoários que não apresentam estruturas de locomoção. São todos endoparasitas obrigatórios, de plantas e animais, incluindo o ser humano. Muitos têm um ciclo de vida complexo, com alternância de reprodução sexuada (por singamia) e assexuada (por esquizogonia).

®     PROTOZOÁRIOS E DOENÇAS
Aqui mostramos uma tabela resumindo as principais informações sobre as doenças causadas por protozoários:

            Uma dessas doenças, a malária, é a doença infecciosa que mais provoca mortes no mundo (segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde, ocorrem por ano 400 milhões de novos casos que resultam em 2 milhões de mortes, sendo endêmica em cerca de 200 países). Por isso, faremos uma discussão um pouco (apenas um pouco, não fique assustado) mais aprofundada sobre ela e seu ciclo.
            A Malária é uma parasitose de endemia tropical, causada por protozoários do gênero Plasmodium (que são classificados como esporozoários) os quais são transmitidos por um Vetor, a fêmea do mosquito-prego do gênero Anopheles. A doença é característica de regiões quentes, úmidas e com florestas, por exemplo na Amazônia no Brasil, pois o vetor é um mosquito típico dessas regiões.
O Mapa da OMS, Organização Mundial da Saúde, a seguir mostra a área de incidência da Malária no Mundo:

Quando um Anopheles fêmea pica um ser humano e suga seu sangue, os plasmódios existentes em suas glândulas salivares, os chamados esporozoítos, caem na corrente sanguínea. Chegando no fígado, alojam-se nas unidades funcionais deste – as células chamadas Hepatócitos – e reproduzem-se assexuadamente por alguns dias, formando os Merozoítos. Nessa fase a doença é assintomática, mas quando os parasitas abandonam as células hepáticas caem na corrente sanguínea e infectam as Hemácias.
Nos glóbulos vermelhos, os merozoítos se reproduzem novamente assexuadamente – e por isso o Homem é seu hospedeiro Intermediário – rompem as hemácias e cem no sangue novamente infectando outras células, num ciclo regular. A ruptura das hemácias e a consequente liberação de toxinas no plasma produz intenso mal estar e febre alta.
O Ciclo do Plasmodium se completa quando o sangue da pessoa é sugado por um mosquito-prego não infectado, que suga os gametas do protozoário que se unem no tubo digestório do mosquito – reprodução sexuada e por isso ele é o hospedeiro definitivo. No seu estômago ainda acontece uma reprodução assexuada e os parasitas resultantes, os esporozoítos migram para as glândulas salivares do inseto de onde irão para a corrente sanguínea do próximo indivíduo picado.
Para ser melhor compreendido esse ciclo, observe esse esquema:

A Profilaxia consiste na eliminação do vetor, o mosquito, por inseticidas ou eliminar seus focos de reprodução como pneus e vasos com água acumulada. Deve-se ainda evitar o contato com o inseto, através do uso de telas (mosquiteiros) em cabanas, na janelas e cama.



ALGAS
A diversidade das algas é enorme. A maioria das espécies é marinha, mas há algas de água doce e até terrestres, em solos úmidos. Em geral, são autótrofas fotossintetizantes, mas também existem algas heterótrofas. Há espécies unicelulares, como as que vivem nas águas superficiais e são transportadas pela correnteza, e outras que possuem flagelos e se locomovem. Há também espécies multicelulares, que apresentam uma estrutura simples, um conjunto de células praticamente iguais entre si, chamado talo. As células da maioria das algas são revestidas por paredes resistentes, e todas apresentam ao menos cloroplasto, que pode variar em forma, composição, tamanho e conjunto de pigmentos fotossensíveis presentes.

®     CLASSIFICAÇÃO DAS ALGAS
A classificação das algas, assim como ocorre com os protozoários, ainda é objeto de controvérsia, e é provável que a atual classificação seja revista em breve. A divisão apresentada a seguir leva em conta o conjunto de pigmentos e no tipo de substância presente nas células.
Euglenoides = são algas unicelulares, que contêm as clorofilas a e b em seus cloroplastos e, como substância de reserva, o paramilo, um carboidrato. Geralmente de água doce, possuem flagelos e são autótrofas. Se não houver luz solar no ambiente, podem se alimentar de modo heterotrófico. Na imagem, alga Euglena spirogyra.

Dinofíceas = são unicelulares e contêm as clorofilas a e c, além de outros pigmentos, como a peridinina, que lhes dá a coloração amarelo-parda ou avermelhada. As substâncias de reserva são amido e óleos. Embora sejam capazes de realizar fotossíntese, cerca de metade das espécies é heterótrofa. Em geral marinhas, apresentam flagelos cujo batimento faz a célula rodopiar. Por isso, também são conhecidas como dinoflagelados (do grego dinos, “pião”). Na foto, alga Noctiluca.

Crisofíceas = nas células dessas algas estão presentes as clorofilas a e c, além de pigmentos como a fucoxantina, de coloração marrom, cuja combinação com outros pigmentos dá uma tonalidade dourada às crisofíceas (do grego khrysos, “ouro”). Algumas espécies não apresentam parede celular, e quando está presente, é composta por sílica. As substâncias de reserva são óleos, e são encontradas tanto em água doce como em água salgada. Na imagem, alga Dinobryon divergens.

Bacilariofíceas = essas algas têm muitas características em comum com as crisofíceas, mas a parede celular, composta por sílica, está presente em todas as espécies. Na foto, carapaças de algas diatomáceas. 


Clorofíceas = suas células têm parede de celulose e apresentam as clorofilas a e b, e o amido é a substância de reserva. Estão presentes em todos os ambientes aquáticos e também nos terrestres úmidos. Há espécies unicelulares, que podem viver isoladas ou formar colônias, e multicelulares - como a Ulva, na imagem a seguir. 

Rodofíceas = suas células contêm as clorofilas a e d, e, entre outros pigmentos, a ficoeritrina, responsável pela cor avermelhada, além do amido como substância de reserva. A maioria é multicelular. Na foto, alga Dichotomaria marginata




Feofíceas = suas células apresentam as clorofilas a e c, além de um pigmento carotenoide pardo, a fucoxantina, responsável pela coloração dessas algas, que varia desde o amarelo-amarronzado até tons bem escuros e fortes. As substâncias de reserva são diversos tipos de óleos. São marinhas e multicelulares. Na imagem, alga Sargassum

®     REPRODUÇÃO


A seguir, apresentamos esquemas que explicam como ocorre a reprodução sexuada e assexuada.
§  Reprodução assexuada - cissiparidade

§  Reprodução assexuada - zoosporia



§  Reprodução sexuada