quinta-feira, 27 de abril de 2017

Resumo Sobre Fungos

Fungos são eucarióticos, podendo ser microscópicos e macroscópicos. Obtêm um reino próprio por apresentarem características peculiares. Podem se desenvolver no solo, na água, nas plantas, em animais e em detritos orgânicos. Fungos são conhecidos como bolores, mofos, orelhas-de-pau e cogumelos, se alimentam de substâncias orgânicas aleatórias de origens variadas de forma que atuam como decompositores, reciclando os constituintes da matéria orgânica compositoras dos seres vivos. Esta decomposição realizada pelos fungos é de extrema importância para o ecossistema. Sabe-se que estão presentes na Terra por pelo menos 600 milhões de anos e provavelmente evoluíram de ancestrais protoctistas aquáticos.
Leveduras (fungos unicelulares) são geralmente maiores que as bactérias. A morfologia e a forma de nutrição são critérios utilizados para diferenciar as espécies de leveduras, mesmo estas não sendo a maioria dos fungos. O corpo de um fungo filamentoso é formado pelo micélio e este é composto por hifas (filamentos em forma de tubo), correspondente a células multinucleadas.
Na fase reprodutiva, o micélio pode se subdividir em duas partes, o micélio vegetativo (assume funções vitais como nutrição e crescimento, retira nutrientes do substrato pelas hifas) e o micélio reprodutivo (formado por hifas especializadas na formação de esporos, células reprodutoras. As hifas geralmente crescem perpendiculares ao substrato, facilitando a dispersão de poros).
Fungos são heterótrofos por absorção, a digestão é extracorpórea. O fungo lança enzimas que degradam as moléculas orgânicas complexas para depois absorver as moléculas mais simples. Os fungos podem ser decompositores, parasitas, mutualísticos ou predadores.
Fungos decompositores - Os fungos saprófagos e as bactérias são os principais decompositores da biosfera. Reciclam a matéria constituinte dos seres vivos. A maioria vive no solo para obter nutrientes de seres mortos. Também são os causadores do apodrecimento de alimentos e alguns bens materiais.
Fungos parasitas - Vivem à custa de outros seres vivos, os prejudicando e podendo leva- los à morte. Várias doenças são causadas por esse tipo de fungo.
Fungos mutualísticos – Estes estabelecem uma relação em que há benefício mútuo entre os indivíduos envolvidos. A maioria vive associada a seres fotossintetizantes, onde há troca de nutrientes.
Fungos predadores – na maioria as hifas secretam substâncias aderentes que aprisionam os organismos que venham tocar o fungo, desta forma entrando no corpo da presa, crescendo e se ramificando, absorvendo seus nutrientes e lhe causando a morte.
Os mecanismos reprodutivos dos fungos, variam de acordo com a fase do ciclo e podem ser assexuadas e sexuadas.
Na reprodução assexuada, a fragmentação é a forma mais simples da reprodução dos fungos filamentosos, quando a ruptura do micélio gera fragmentos que podem originar vários micélios. No caso das leveduras (unicelulares), ocorre a divisão celular. Quando essa divisão origina duas ou mais células-filhas, chamamos de brotamento.
Ainda na reprodução assexuada, é comum a presença de células haploides especializadas, os esporos, formados pelo processo de esporulação. Ao fim do processo de esporulação, a parede do esporângio se rompe e libera esporos, que em condições ambientais adequadas, originam hifas (germinação) e dão continuidade ao ciclo.
Na reprodução sexuada, como na maioria dos seres vivos, ocorre a fusão de núcleos gaméticos haploides, gerando zigotos diploides.
Sob condições ambientais adequadas, a primeira etapa da reprodução entre fungos distintos é a fusão das hifas haploides, que recebe o nome de plasmogamia (fusão dos
citoplasmas), gerando uma estrutura celular composta de dois núcleos haploides (n+n), vindos de hifas pertencentes a micélios distintos. As hifas resultantes desse processo são denominadas dicarióticas (dois núcleos). Os núcleos gaméticos se fundem e originam um zigoto diploides, que entram em processo de divisão meiótica, produzindo células filhas que darão origem a esporos haploides. Este, formado sexualmente germina e seu núcleo haploide sofre divisões mitóticas, originando novas hifas.
Esporos que se formam pelo processo sexuado são denominados esporos sexuais. Em geral, a única fase diploide do ciclo de vida de um fungo é o zigoto, que tem curta duração na maioria dos fungos.
Apesar de ser recente a classificação dos fungos em um reino próprio, ainda se mantem controvérsias quanto sua classificação e organização dos filos que o compõe.
Existem características que na estrutura dos fungos que ocorrem frequentemente em células animais, como a capacidade de armazenar glicogênio, porém muitas variedades de fungos possuem parede celular como as células vegetais, porém esta parede celular é composta de quitina, polissacarídeos encontrado a também no exoesqueleto de artrópodes.
Um dos critérios para se classificar os fungos é a presença ou ausência da estrutura reprodutiva (corpo de frutificação), assim, seguimos a classificação sugerida em quatro filos, sendo sem corpo de frutificação (quitridiomicetos e zigomicetos) e com corpos de frutificação (ascomicetos e basidiomicetos). Em todos os filos, há espécies unicelulares e filamentosas.
Os quitridiomicetos agrupam cerca de 800 espécies de fungos. Vivem principalmente em ambiente com água (doce ou salgada), existem em diversas regiões do planeta (cosmopolitas), podem ser parasitas ou saprófagos. A característica marcante desse grupo é a presença de flagelo em alguma fase da vida, o que auxilia a locomoção no meio aquático. Nos demais filos não há células flageladas.
Os zigomicetos são representados por cerca de mil espécies conhecidas. Em geral são saprófagos e vivem livremente no solo. Alimentando-se de matéria orgânica em decomposição. Responsáveis pelo bolor, cresce em substratos com alto teor de umidade e produtos ricos em açucares. Ainda podem constituir micorrizas, que provem da associação entre os fungos e as raízes de plantas.
Os ascomicetos reúnem cerca de 30 mil espécies. Existem em formas unicelulares (leveduras) e filamentosas (mofos). Tem importante função ecológica auxiliando na decomposição de moléculas orgânicas. O modo de vida pode ser parasitário, além de saprófagos e mutualístico, formando micorrizas.
Os basidiomicetos possuem cerca de 22 mil espécies, incluído os cogumelos e orelha- de-pau. Possuem a estrutura do micélio bem desenvolvida, são cosmopolitas e vivem em ambiente terrestre. A maioria é saprófaga, porém possuem representantes parasitas e mutualísticos.
Ainda existem o conjunto de fungos conidiais, também chamados de deuteromicetos, não constituindo assim um filo propriamente dito. Abrange cerca de 15 mil espécies conhecidas, na maioria saprófaga e parasitas, mas também existem s predadores e mutualísticas. Não apresentam reprodução sexuada e são encontradas em todos os lugares (água, terra, ar, organismo humano…). Alguns são causadores de patologias como a micoses e outras enfermidades, assim como outros são utilizados na indústria farmacêutica, ou na produção de alimentos.
Alguns fungos apresentam como característica, a capacidade de viver mutualisticamente a outros organismos, sendo de grande relevância os liquens e as micorrizas.
Os liquens são associações entre fungos e microrganismos autótrofos fotossintetizantes, em que ambas as espécies obtêm vantagens, principalmente nutricionais. São representantes dos ascomicetos ou dos basidiomicetos. Ao mesmo tempo em que são considerados pioneiros, por serem os primeiros a aparecer em locais com condições ambientais desfavoráveis à vida,
possuem variedades que são extremamente sensíveis às alterações do meio ambiente, sucumbindo principalmente pela presença de poliuição.
As micorrizas são associação entre fungos e raízes de plantas. Esta troca de nutrientes traz benefícios inclusive econômico, quando se reduz a necessidade de uso de fertilizantes, ainda assim aumentado o rendimento agrícola.
Quando se fala em fungos, associa-se na maioria das vezes às patologias causadas em serem humanos, danos às plantas cultivadas ou mofos e bolores. Porém poucas espécies de fungas acarretam danos aos seres humanos.
Os fungos são importantes decompositores de matérias orgânicas, reciclam nutrientes, são utilizados na culinária, muitos estão sendo desenvolvidos na produção de medicamentos como a penicilina, vitaminas, etc. e também estão auxiliando na fabricação de inseticidas e desinfetantes.
Porém alguns fungos são perigosos, podem provocar alucinações e delírios como Amanita muscaria, outros podem aumentar o riso de cirrose e câncer de fígado, como o Aspergillus flavus, e outros produzem substâncias extremamente tóxicas que podem levar à morte.

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